Ontem foi dia de Portugal e eu, como tantos outros tugas deste País, apenas me preocupei com o abençoado feriado. Há que fazer uma vénia aos Emigrantes, pois eles apesar de longe, amam e sentem mais a Pátria do que nós que cá andamos a reclamar com a miséria... Mas ontem foi dia de Portugal, dia de discursos e eu, como pessoa importante que sou na sociedade portuguesa mais concretamente ali para os lados do Rés-do-Chão Esquerdo (da porta para dentro), não podia deixar de discursar também.
Como não tenho grande dom de oratória, pois engasgo-me muito e a boca seca-me em demasia, não quis aparecer nas televisões por isso e porque não vos quero ver tristes deixo aqui o meu discurso:
-Como não tenho grande dom de oratória, pois engasgo-me muito e a boca seca-me em demasia, não quis aparecer nas televisões por isso e porque não vos quero ver tristes deixo aqui o meu discurso:
Oh meu dia de Portugal!
Com apupos, foste comemorado
É com este ambiente infernal,
Que queres ser lembrado?!
Tantas glórias! Minha Pátria, minha história
No passado o mundo te invejou,
Agora não passas da memória,
Orgulho secular... Não mais voltou!
País de descobridores, de poetas
Além da fama, a inteligência abraçou
Livra-te dos gatunos, de falsos profetas,
E luta pelo futuro que não acabou...
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Epílogo:
País onde todos reclamam
E não os vejo fazer nada
Como as suas almas emanam
O espírito da ciganada
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