quarta-feira, 26 de novembro de 2008

SPA

O SPA é algo que muita gente tem e que se manifesta nos mais variados sintomas. O SPA é nada mais nada menos que o Síndrome Pré Aniversário e como faço anos amanhã (ainda estão a tempo de me comprar qualquer coisita, mesmo que passe o dia) este ano o SPA deu-me sintomas de frustração e revolta. Frustração de mais um ano passado e não ter alcançado alguns objectivos que tinha delineado e revolta para ser solidário com os restantes tugas e contra aqueles que têm como objectivo atrasar os nossos objectivos ou fazerem do seu cavalo de batalha a desgraça alheia. Como gosto de ser optimista passa-me ao lado sentimentos negativos, mas como qualquer ser humano também os tenho por isso ataco-os com a escrita e hoje aborrecido como estou saiu-me esta amostra de quadras:

Um ser mecânico

Ultimamente ando apático
Desinteressado do mundo, da vida
Tornei-me num ser mecânico, automático
Tudo o que faço é feito de forma sofrida

Trabalho, casa, casa, trabalho…
Será isto o resto da minha sina?
Neste país que está um bandalho
Que seria de mim sem a minha menina?

Trabalho, casa, casa, trabalho…
Mas é em casa que encontro alegria
Durante o dia nem sei o que valho
Á noite sempre ganho energia

Trabalho, casa, casa, trabalho…
Assim se vão passando os longos anos
Sustentando os corruptos do baralho (para não ser mal educado)
Ide de férias com “nuestros hermanos”…

Trabalho, casa, casa, trabalho…
Só arranjando tacho empregador
É que o ser mecânico larga o galho
Entretanto vai dando o seu fulgor

Trabalho, casa, casa, trabalho…
Há que continuar este revoltear
E viver o “ritmo do mangalho”
Bolas! O Sr. Gestor precisa engordar!

PS: Já temos a 2ª música do "Calem-se! Agora Quem Canta Sou Eu!" pronta há 3 semanas, mas a Gaja do R/chão esquerdo anda com preguiça de cantar... (A ver se é desta gaja! :P)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"A culpa é do sistema!"

Tenho algumas queixas a fazer e nem sei por onde começar. Se pelo sistema informático do banco no qual sou titular de uma conta, pelos sistemas informáticos dos nossos queridos fornecedores de electricidade, água e gás ou pelo sistema informático da nossa saúde.
Reparem que não me vou queixar das entidades em si, porque como apurei, eles não têm culpa de nada por tudo o que o sistema (automático) faz!
Agora eu pergunto-me se o sistema faz tudo, porque raio é que são precisas as pessoas nos balcões de atendimento? Servirão só para nos confundirem e convencerem-nos a não a apresentar reclamações no tão famoso livrinho?
Pois é, todos os sistemas, hoje em dia, para além de protecções de segurança, firewalls, antivírus, precisam de pessoas “esclarecidas” nos balcões de atendimento para nos convencerem do seguinte: “-Ai, não faça isso, sabe que não vai dar em nada! O sistema manda-lhe uma carta de três em três meses, muito bem escrita a dizer sempre que está a tentar resolver a sua questão, até você se cansar!”
Há coisas que me custam dizer, e uma das coisas é queixar-me dum país que tem tudo para ser um paraíso, mas que a falta de competência, a capacidade de desenrasque e um sentido de oportunismo bruto, aliados à falta de personalidade e vergonha na cara, tornam este país um verdadeiro oásis para “Chico Espertos”.
Digam-me quem pode ser honesto neste país? É o salve-se quem puder!!!
Gaja do R/c Esquerdo

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O prazer de conhecer alguém

Em finais dos anos 80, saindo eu da minha infância e caminhando para a puberdade, quando conhecia alguém trocávamos o número do telefone de casa (quem tivesse telefone em casa) ou a morada para futura correspondência, combinavam-se umas saídas ao cinema, e esse conhecimento ia-se aprofundando com o tempo, tornando-se mais ou menos interessante e vincado.

Lá para o meio da década de 90 quando conhecia alguém trocava o número do telefone de casa, o número do pager ou do telemóvel (quem tivesse telemóvel... o 0936 J), a morada (só para cumprir o protocolo) e, em raras excepções, o nick name usado no mIrc e combinavam-se umas saídas ao café... o conhecimento mútuo desenvolvia-se de uma forma mais rápida e menos concisa.

Ano 2000... a loucura! Quando se conhece alguém trocam-se os números de telemóvel de todas as redes que se possuí, o e-mail, o contacto do MSN, o hi5, e combinam-se uns encontros no Messenger ou uma ida a um local onde se privilegie o “ruído” em detrimento de uma boa conversa, conhecimento mútuo já não precisa de ser aprofundado, basta consultar o perfil de utilizador e manter amizades para toda a vida só mesmo se estiverem na área de “Melhores Amigos” do hi5...

Como será daqui a 10 anos? É por estas e por outras que cada vez mais tenho menos tesão em conhecer novas personagens...

P.S.: não estou a criticar a actualidade, adoro-a, tenho é saudades de algumas das velhas formas de interagir.
P.S1: quando estava prestes a publicar isto pensei: "Pareço um cota a falar!" e depois recordei-me que já não tenho a pedalada de outros tempos, secalhar é por isso que me dá para isto... É a inveja... só inveja dessa malta que consegue andar aos saltos até ás 6 da manhã.
P.S2: eu tbém consigo andar aos saltos até ás 6 da manhã se tiver uma boa quantidade de sangue no álcool... depois vou estar é uma semana sem me poder mexer...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estravazamento do dia...

Apraz-me deitar cá para fora o seguinte pensamento:
O bairrismo é saudável, o fanatismo é aceitável, a cegueira é incurável e a estupidez, essa meus amigos, é lamentável.
Não sei, apeteceu-me dar numa de filósofo frustrado.